Boêmia, Palco do Amor e da Guerra

Boêmia, Palco do Amor e da Guerra
Em meio a guerra religiosa do século XVII, um jovem casal de apaixonados vivem o sonho de um amor impossível. Ela protestante, ele católico! Conseguirão viver este amor? Boêmia, palco do amor e da guerra é um romance extremamente dinâmico, que fará você sorrir e chorar! nele, os paralelos estão lançados: Espiritual e físico, lealdade e traição, verdade e mentira, vida e morte, e principalmente, o amor e a guerra!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Intertextualidade x Intratextualidade



Intertextualidade x intratextualidade

Inter = Entre dois conjuntos, Intra = Dentro de um conjunto

No exemplo abaixo, Manuel Bandeiras fez uso das obras de Drummond, para compor uma poesia em homenagem ao amigo. Ele fez uso da intertextualidade.

Carlos Drummond de Andrade

Louvo o Padre, louvo o Filho,
O Espírito Santo louvo.
Isto feito, louvo aquele
Que ora chega aos sessent'anos
E no meio de seus pares
Prima pela qualidade:
O poeta lúcido e límpido
Que é Carlos Drummond de Andrade.

Prima em Alguma Poesia  [1930]
Prima no Brejo das Almas [1934]
Prima em Rosa do Povo, [1945]
No Sentimento do Mundo. [1940]
(Lírico ou participante,
Sempre é poeta de verdade
Esse homem lépido e limpo
Que é Carlos Drummond de Andrade).

Como é o fazendeiro do ar, [1954]
O obscuro enigma dos astros
Intui, capta em claro enigma. [1951]
Claro, alto e raro. De resto
Ponteia em viola de bolso [1952]
Inteiramente à vontade
O poeta diverso e múltiplo
Que é Carlos Drummond de Andrade.

Louvo o Padre, o Filho, o Espírito
Santo, e após outra Trindade
Louvo: o homem, o poeta, o amigo
Que é Carlos Drummond de Andrade.

Já em Antologia, o autor buscou em suas próprias obras materiais para compô-la. Ele praticou então a intratextualidade.

Antologia

A vida
Não vale a pena e a dor de ser vivida [Soneto Inglês, 15º verso]
Os corpos se entendem mas as almas não. [Arte de Amar 8º verso]
A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. [Pneumotórax 3º verso, 3º estrofe]

Vou-me embora pra Pasárgada! [Vou-me embora pra Pasárgada 1º verso]
Aqui eu não sou feliz. [Vou-me embora pra Pasárgada 7º verso, 1º estrofe]
Quero esquecer tudo: [Cantiga, 1º verso, 3º estrofe]
- A dor de ser homem…
Este anseio infinito e vão [Resposta a Vinícius, 10º verso]
De possuir o que me possui. [Resposta a Vinícius, 11º verso]

Quero descansar [Cantiga, 4º verso, 3º estrofe]
Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei…[Poema só para Jaime Ovalle 9º]
Na vida inteira que podia ter sido e que não foi. [Pneumotórax, 2ºverso]

Quero descansar. [Cantiga, 4º verso, 3º estrofe]
Morrer [A Morte Absoluta, 1º verso]
Morrer de corpo e de alma. [A Morte Absoluta, 2º verso]
Completamente. [A Morte Absoluta, 3º verso]
(Todas as manhãs o aeroporto em frente me dá lições de partir.) [ Lua Nova, 1º verso, 3º estrofe]

Quando a Indesejada das gentes chegar [Consoada, 1º verso]
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, [Consoada, 8º verso]
A mesa posta, [Consoada, 9º verso]
Com cada coisa em seu lugar. [Consoada, 10º verso]


Bjs e boa sorte com a Viviane.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Rouxivita [Rouxinol + levita]


Por: David Nepomuceno


Um ergue sua clausura,
Olhos lhe cortam o coração,
Pegamos você, é nosso então!
Mas... Por que não canta o rouxinol?

Do seu povo a saudade ficou,
De dias que o passado levou,
Onde amigos eram amigos,
Juntos cantavam os rouxinóis!

Naquele fatídico dia,
Onde bicos a gorjear,
Diziam ao rouxinol:
Não pode tu cantar!

Bicos e assas lhes apontar,
Donos da verdade e do saber,
A magnitude do plebiscito decide:
Não pode tu cantar!

Contemplava todos então,
Olhava de par em par,
A sentença era a mesma:
Não pode tu cantar!

Apertaram-lhe o coração,
Seu diafragma imóvel ficou,
No pulmão, o ar não se sentiu.
Não pôde o rouxinol cantar!

Socorro intentou pedir,
A voz aleivosa não saia,
No coração a morte dizia:
Não pode tu cantar!

Ao pensar no seu delito,
Triste ficou ao lembrar,
Que o seu único pecado,
Foi cantar, cantar sem parar!

Oh Deus! Por que me deste,
O perfeito louvor,
Se o meu canto assombro produz?
Diga-me coração: por que cantar então?

Rasgou o finito de beleza sem fim,
Viu a divisão do céu e mar,
Viu as palmeiras e os sabiás,
Que cantadas foram, por belos poetas,
A intensa dor, porém, não lhe permitia cantar!

Seus algozes agora gritam:
Cante, cante sem parar!
Os gritos sugaram-lhe a alma.
No ato extremo ainda pergunta: por quê?
Não cantara jamais o rouxinol!

Rouxinóis de hoje, ontem e do porvir,
Por que criar? Por que adornar de títulos?
Um exército infame, cujo ato,
De austeridade é levar ao golgota,
Seus mais lindos e puros rouxivitas!

sábado, 22 de outubro de 2011

Herança do Meu Avô

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Morte e Vida



Por: David Nepomuceno


Quem és tu, que me rejeitas?
Porque esses que conheço bem,
Os adorna com vestes brancas?
Digno, merecedor eu sou,
De possuir o melhor deste lar!

Quem és tu, que me expulsa,
Porque de brancas roupas me tens despido?
E com o negro me cobres!
Tento chorar, não consigo,
Ou, fazer-me de desentendido!

Quem és tu, que não me queres,
Acaso não sabe das minhas posses?
Não conhece, Tu,
A imponência do meu ser?
Minha extirpe merece este lar!

Quem és tu, que não me ouve?
Eu confesso, ouvi o teu nome,
Mas jovem que sou, arvorou em mim,
O encanto e o desejo mundano.
Compreendas e diga: Tome posse deste lar!

Quem és tu? Quem és tu? Quem és tu?
Que das terríveis sombras emerges,
Que dizes ser, possuidor de minha alma,
Que me arrasta para o negro infinito?
Podridão, estiolamento me reserva!

Quem és tu, que brama como leão,
Que minha alma despedaça sem compaixão?
Que infortúnio, que dor, que solidão.
Oxalar do seu trono Deus me ouça,
Oxalar então, minha vida devolva!

Quem és tu, que me toca a boca?
Quem és tu, que delicadamente me balança,
E com suave perfume me desperta,
Do terrível pesadelo, que do perigo alerta.
Tu és minha mãe, agora duplamente, minha mãe!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Lágrimas que Transformam



Por: Missionária Elisangela Raposo

Os seres humanos têm vários motivos para derramar lágrimas. No conceito humano, são felizes os ricos, os honrados, os de vida fácil e alegres, os que comem bem, os que se vestem e se apresentam bem ( roupas de marca) e são dignificados e bajulados.
Mas, no conceito divino, isso não é verdade. Os filhos de Deus passam diariamente, por muitas experiências que os levam até as lágrimas. O choro está associado a dor, sofrimento e  dificuldades. Entretanto nosso Senhor prometeu: “ Bem aventurados os que choram, porque serão consolados”...( Mt  5:4 ), Parece um paradoxo não é?
Mas o que nos leva a chorar?
 Uma cebola, ira, despedida, saudades, luto, tristeza, uma grande vitória, alegria, dor, angústia, chorar de tanto rir... Essa é boa! Solidão, depressão, decepção, amor, nascimento, susto, medo, pena, arrependimento e outros.
O choro não é uma coisa má, Deus nos deu essa condição, é uma terapia para o corpo e para a alma; alivia --- é uma válvula de escape ---
E cada lágrima é derramada sobre nosso rosto por sentimentos diferentes.
Mais existe um momento em nossas vidas, e este momento é único, é ir mais além, é chorar diante do altar de Deus Nosso Senhor! É algo inexplicável, sobrenatural que transforma o coração de um homem por mais duro que ele seja.
E foi isto que Ana fez....Ana chorou!  “ Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente.” V. 10, Ana sempre ia ao templo; isso era um hábito. Dessa vez, porém, algo importante aconteceu ali. Nós também podemos ir à casa de Deus por costume e sair de lá exatamente como entramos. Mas se quisermos, faremos do culto um momento de riqueza espiritual e de crescimento interior para nossas vidas.
Ana passava por momentos difíceis, de aflição no aspecto familiar. Seu esposo que se chamava Elcana tinha duas mulheres Penina e Ana, mais o texto diz que ele amava Ana: “ Porém a Ana dava uma parte excelente; porque amava a Ana, embora o Senhor lhe tivesse cerrado a madre.” V 5.
Ana também se sentia humilhada por sua rival Penina, ela tinha filhos, porém Ana não tinha: “ E a sua rival excessivamente a provocava, para a irritar....” V 6. Um dos motivos pela tristeza de Ana e por ter colocado sua alma perante o Senhor.
Quando passamos por crises em nossas vidas, nós ficamos mais sensíveis a voz de Deus, e recebemos muitas experiências espirituais vinda do Senhor.
E eu faço uma pergunta para vocês queridos leitores, onde temos derramado nossas lágrimas?  Na cama? No ombro de um amigo? Ana colocou o seu caso a Deus, chorou aos pés da cruz, ela foi mais além, onde ela não podia resolver, Ana derramou sua alma perante o Senhor; chorou ABUNDANTEMENTE.
Nossas lágrimas movem o coração de Deus, ELE não resiste a um coração sincero e quebrantado. Ela recebe então uma das maiores felicidades que uma mulher pode ter, ela deu a luz um menino que se chamou Samuel: “ E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel;porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor. V 20.
Quando choramos na presença de Deus, nossas lágrimas lavam nossa alma: “Por este menino orava eu; e o Senhor atendeu à minha petição, que eu lhe tinha feito. V 27.
Como vimos no começo Jesus nos afirma que Bem Aventurados os que choram, porque serão consolados, assim também em apocalipse o Senhor nos promete limpar de nossos olhos toda a lágrima ( Ap 7:17).
Então confia no Senhor, coloque o seu caso diante dEle, e serás bem sucedido.
Ana termina com um Cântico no capítulo 2. Esta profecia tem em vista o Reino de Cristo, e aqui é a primeira vez que deparamos com o título “ Messias” ou “ Seu ungido”. Ana fala do Reino de graça, e o Reino da providência...
Seu filho Samuel nós bem conhecemos, serviu ao Senhor como: Juiz, Sacerdote e profeta.
Por isso não economize lágrimas, chore na presença do Senhor! Vale à pena!
Deus abençoe!