Boêmia, Palco do Amor e da Guerra

Boêmia, Palco do Amor e da Guerra
Em meio a guerra religiosa do século XVII, um jovem casal de apaixonados vivem o sonho de um amor impossível. Ela protestante, ele católico! Conseguirão viver este amor? Boêmia, palco do amor e da guerra é um romance extremamente dinâmico, que fará você sorrir e chorar! nele, os paralelos estão lançados: Espiritual e físico, lealdade e traição, verdade e mentira, vida e morte, e principalmente, o amor e a guerra!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


Volta Ao Lar - Som Maior - 1978
Envie músicas para seus amigos do Orkut!



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Teatro: Festa das Palavras Figuradas


Adaptação: David Nepomuceno

          Certa vez, a Metáfora ofereceu uma festa nos salões de sua casa de campo 
semântico, entre a lista dos presentes, figuravam várias personalidades da 
Linguagem Figurada: a Hipérbole, a Antítese, a Prosopopéia e outras 
menos cotadas e conotadas. Como anfitriã, a Metáfora queria fazer boa figura
e ia de um campo semântico para o outro, a todo o momento, atribuindo sempre
outro sentido a tudo que fazia.
- Metáfora: Amor é um fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer...
          Dona Hipérbole ao entrar logo se fez notada:
- Hipérbole: Oiiiiiii genteeeeeee, nossaaaaaaa você está elegantíssima 
nesta roupa dona Prosopopéia! Vocês acreditam que já subi e desci estas escadas 
mais de mil vezes hoje? Porém, consegui o texto da grandessíssima, 
Cecília Meireles que diz:
“Brota esta lágrima e cai (…)
Mas é rio mais profundo
Sem começo e nem fim
Que atravessando por este mundo
Passa por dentro de mim”. 
         Enquanto dona Hipérbole, sempre exagerada, dialogava com seus amigos,
a senhorita Comparação, que é muito parecida com a anfitriã dona Metáfora a não ser 
pela falta de um conectivo, despejava comparações sem parar.
- Comparação: Já reparou que dona Hipérbole gosta de aparecer exageradamente, 
não é como a dona Elipse sempre oculta! E o senhor Polissíndeto é tão mala com
o seu e, e, e, como seu amigo Pleonasmo é com o seu: sobe para cima, desce para baixo!
          A Antítese, ora triste, ora alegre, servia com doçura os salgadinhos da festa, 
enquanto declamava os versos de Gregório de Matos:
- Antítese: Nasce o Sol, e não dura mais que um dia; 
Depois da Luz se segue à noite escura; 
Em tristes sombras morre a formosura, 
Em contínuas tristezas e alegrias.
         Dona Anáfora já meio doidona, repetia-se sem parar, no texto impecável 
de Manuel Bandeira:
- Anáfora:
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

       Durante a festa foi apresentado um número de mágicas com a famosa Prosopopéia,
que fez os objetos inanimados andarem de um lado para o outro.
- Prosopopéia: Ande cadeira ande, com a graciosidade da mulher gaúcha,
porém, com a sensualidade da mulher carioca!
       Dona Elipse, escondida a um canto, mas, facilmente reconhecida, solitária observava 
o desfile da cadeira e lembrava Clarice Lispector:
- Elipse: Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas 
nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
          Lá pelas tantas, o livro da dona da festa desapareceu e quando 
o senhor Eufemismo foi chamado para investigar o caso, não contradisse 
a sua fama de pessoa que procura ver a realidade por um lado mais suave,
e afirmou que não acreditava ser alguém capaz de se apropriar do alheio.
- Eufemismo: Não acredito que alguém aqui seja desprovido de caráter! 
Se houve apropriação indevida, significa que há entre nós, um apropriador do bem alheio!
         A partir desse momento, houve um burburinho só. Todas as figuras queriam encontrar
uma explicação para este fato desagradável. Quando tudo parecia caminhar para uma
tragédia, o senhor Polissíndeto apareceu e, e, e, e, e, afirmou que acabaria com o imbróglio
com um anuncio bombástico, antes, porém,  começou a explicar pausadamente e 
coordenando até demais os seus pensamentos, citava Carlos Drummond de Andrade.
- Polissíndeto:
"E sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes
e sob o sarcasmo
e sob a gosma
e sob o vômito!"

- Hipérbole: Vai ficar neste e, e, e, e, e para o resto da vida, ou vai solucionar o caso 
do furto do livro?
- Polissíndeto: Calma dona Hipérbole, não houve roubo algum, o senhor Pleonasmo que 
está ali no seu cantinho lendo o tal livro tranquilamente!
         Do outro lado da sala, o senhor Pleonasmo, ouvindo citar seu nome, 
usando palavras desnecessárias, mas, que julgava realçar o que dizia respondeu
prontamente:
- Pleonasmo: Estou lendo o livro com os meus próprios olhos! Depois de lê-lo, 
subo para cima, entro para dentro da biblioteca e o coloco para dentro da gaveta!
         Todos se voltaram para a festa com cara de tolos, enquanto seu Pleonasmo
continuava serenamente sua leitura!
         

domingo, 6 de novembro de 2011

Eu e Minha Janela



Por: David Nepomuceno


Eu e minha janela, que dobradinha arteira,
Vejo o mundo, o mundo não me vê.
Vejo seu Nicolau, que parece não esta legal,
Cambaleante, anda escorando aqui, e ali,
Olha para os lados, para frente e para trás.
Como diriam meus filhos: Caraca!
Fez xixi o velho Nicolau!

Eu e minha janela, que dobradinha arteira,
Vejo o mundo, e o mundo não me vê.
Vejo os moleques deixando desagradáveis marcas,
Nos muros e fachadas pobres e, indefesas, porém,
Há dias, que é da caça, ou devo dizer: Da fachada!
Ficarão bom tempo no estaleiro, por não lerem:
“Cão sardento, rabugento, neurótico e estressado.”

Eu e minha janela, que dobradinha arteira,
Vejo o mundo e o mundo não me vê.
Vejo dona Maria debruçada sobre o muro,
Imagina poder me fazer concorrência,
Vigia, olha, encara, debocha, provoca e fala,
Fala do Nicolau, fala dos moleques,
Só não fala que sua filha... Eu e minha janela!

Eu e minha janela, que dobradinha arteira,
Vejo o mundo e o mundo não me vê.
Vejo seu Ricardo esperto pulador de cerca,
Pulou do Juvenal, do Afrânio e do Amaral.
No futebol era a hora de dizer: Eu sou o tal!
Embora não saiba, ele é o tal,
Tal como... Afrânio, tal como Juvenal!

Eu e minha janela, que dobradinha arteira,
Vejo o mundo e o mundo não me vê.
Mas embora o mundo não me veja,
Acima do sol, também existe uma janela,
E nela coroado está um Deus,
Que vê até o que não é visível,
Que vergonha, na minha janela,
Meu Deus me vê, e há de me julgar,
Como julgo da minha janela,
A vida dos meus irmãos!          

        

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Intertextualidade x Intratextualidade



Intertextualidade x intratextualidade

Inter = Entre dois conjuntos, Intra = Dentro de um conjunto

No exemplo abaixo, Manuel Bandeiras fez uso das obras de Drummond, para compor uma poesia em homenagem ao amigo. Ele fez uso da intertextualidade.

Carlos Drummond de Andrade

Louvo o Padre, louvo o Filho,
O Espírito Santo louvo.
Isto feito, louvo aquele
Que ora chega aos sessent'anos
E no meio de seus pares
Prima pela qualidade:
O poeta lúcido e límpido
Que é Carlos Drummond de Andrade.

Prima em Alguma Poesia  [1930]
Prima no Brejo das Almas [1934]
Prima em Rosa do Povo, [1945]
No Sentimento do Mundo. [1940]
(Lírico ou participante,
Sempre é poeta de verdade
Esse homem lépido e limpo
Que é Carlos Drummond de Andrade).

Como é o fazendeiro do ar, [1954]
O obscuro enigma dos astros
Intui, capta em claro enigma. [1951]
Claro, alto e raro. De resto
Ponteia em viola de bolso [1952]
Inteiramente à vontade
O poeta diverso e múltiplo
Que é Carlos Drummond de Andrade.

Louvo o Padre, o Filho, o Espírito
Santo, e após outra Trindade
Louvo: o homem, o poeta, o amigo
Que é Carlos Drummond de Andrade.

Já em Antologia, o autor buscou em suas próprias obras materiais para compô-la. Ele praticou então a intratextualidade.

Antologia

A vida
Não vale a pena e a dor de ser vivida [Soneto Inglês, 15º verso]
Os corpos se entendem mas as almas não. [Arte de Amar 8º verso]
A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. [Pneumotórax 3º verso, 3º estrofe]

Vou-me embora pra Pasárgada! [Vou-me embora pra Pasárgada 1º verso]
Aqui eu não sou feliz. [Vou-me embora pra Pasárgada 7º verso, 1º estrofe]
Quero esquecer tudo: [Cantiga, 1º verso, 3º estrofe]
- A dor de ser homem…
Este anseio infinito e vão [Resposta a Vinícius, 10º verso]
De possuir o que me possui. [Resposta a Vinícius, 11º verso]

Quero descansar [Cantiga, 4º verso, 3º estrofe]
Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei…[Poema só para Jaime Ovalle 9º]
Na vida inteira que podia ter sido e que não foi. [Pneumotórax, 2ºverso]

Quero descansar. [Cantiga, 4º verso, 3º estrofe]
Morrer [A Morte Absoluta, 1º verso]
Morrer de corpo e de alma. [A Morte Absoluta, 2º verso]
Completamente. [A Morte Absoluta, 3º verso]
(Todas as manhãs o aeroporto em frente me dá lições de partir.) [ Lua Nova, 1º verso, 3º estrofe]

Quando a Indesejada das gentes chegar [Consoada, 1º verso]
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, [Consoada, 8º verso]
A mesa posta, [Consoada, 9º verso]
Com cada coisa em seu lugar. [Consoada, 10º verso]


Bjs e boa sorte com a Viviane.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Rouxivita [Rouxinol + levita]


Por: David Nepomuceno


Um ergue sua clausura,
Olhos lhe cortam o coração,
Pegamos você, é nosso então!
Mas... Por que não canta o rouxinol?

Do seu povo a saudade ficou,
De dias que o passado levou,
Onde amigos eram amigos,
Juntos cantavam os rouxinóis!

Naquele fatídico dia,
Onde bicos a gorjear,
Diziam ao rouxinol:
Não pode tu cantar!

Bicos e assas lhes apontar,
Donos da verdade e do saber,
A magnitude do plebiscito decide:
Não pode tu cantar!

Contemplava todos então,
Olhava de par em par,
A sentença era a mesma:
Não pode tu cantar!

Apertaram-lhe o coração,
Seu diafragma imóvel ficou,
No pulmão, o ar não se sentiu.
Não pôde o rouxinol cantar!

Socorro intentou pedir,
A voz aleivosa não saia,
No coração a morte dizia:
Não pode tu cantar!

Ao pensar no seu delito,
Triste ficou ao lembrar,
Que o seu único pecado,
Foi cantar, cantar sem parar!

Oh Deus! Por que me deste,
O perfeito louvor,
Se o meu canto assombro produz?
Diga-me coração: por que cantar então?

Rasgou o finito de beleza sem fim,
Viu a divisão do céu e mar,
Viu as palmeiras e os sabiás,
Que cantadas foram, por belos poetas,
A intensa dor, porém, não lhe permitia cantar!

Seus algozes agora gritam:
Cante, cante sem parar!
Os gritos sugaram-lhe a alma.
No ato extremo ainda pergunta: por quê?
Não cantara jamais o rouxinol!

Rouxinóis de hoje, ontem e do porvir,
Por que criar? Por que adornar de títulos?
Um exército infame, cujo ato,
De austeridade é levar ao golgota,
Seus mais lindos e puros rouxivitas!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Morte e Vida



Por: David Nepomuceno


Quem és tu, que me rejeitas?
Porque esses que conheço bem,
Os adorna com vestes brancas?
Digno, merecedor eu sou,
De possuir o melhor deste lar!

Quem és tu, que me expulsa,
Porque de brancas roupas me tens despido?
E com o negro me cobres!
Tento chorar, não consigo,
Ou, fazer-me de desentendido!

Quem és tu, que não me queres,
Acaso não sabe das minhas posses?
Não conhece, Tu,
A imponência do meu ser?
Minha extirpe merece este lar!

Quem és tu, que não me ouve?
Eu confesso, ouvi o teu nome,
Mas jovem que sou, arvorou em mim,
O encanto e o desejo mundano.
Compreendas e diga: Tome posse deste lar!

Quem és tu? Quem és tu? Quem és tu?
Que das terríveis sombras emerges,
Que dizes ser, possuidor de minha alma,
Que me arrasta para o negro infinito?
Podridão, estiolamento me reserva!

Quem és tu, que brama como leão,
Que minha alma despedaça sem compaixão?
Que infortúnio, que dor, que solidão.
Oxalar do seu trono Deus me ouça,
Oxalar então, minha vida devolva!

Quem és tu, que me toca a boca?
Quem és tu, que delicadamente me balança,
E com suave perfume me desperta,
Do terrível pesadelo, que do perigo alerta.
Tu és minha mãe, agora duplamente, minha mãe!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Lágrimas que Transformam



Por: Missionária Elisangela Raposo

Os seres humanos têm vários motivos para derramar lágrimas. No conceito humano, são felizes os ricos, os honrados, os de vida fácil e alegres, os que comem bem, os que se vestem e se apresentam bem ( roupas de marca) e são dignificados e bajulados.
Mas, no conceito divino, isso não é verdade. Os filhos de Deus passam diariamente, por muitas experiências que os levam até as lágrimas. O choro está associado a dor, sofrimento e  dificuldades. Entretanto nosso Senhor prometeu: “ Bem aventurados os que choram, porque serão consolados”...( Mt  5:4 ), Parece um paradoxo não é?
Mas o que nos leva a chorar?
 Uma cebola, ira, despedida, saudades, luto, tristeza, uma grande vitória, alegria, dor, angústia, chorar de tanto rir... Essa é boa! Solidão, depressão, decepção, amor, nascimento, susto, medo, pena, arrependimento e outros.
O choro não é uma coisa má, Deus nos deu essa condição, é uma terapia para o corpo e para a alma; alivia --- é uma válvula de escape ---
E cada lágrima é derramada sobre nosso rosto por sentimentos diferentes.
Mais existe um momento em nossas vidas, e este momento é único, é ir mais além, é chorar diante do altar de Deus Nosso Senhor! É algo inexplicável, sobrenatural que transforma o coração de um homem por mais duro que ele seja.
E foi isto que Ana fez....Ana chorou!  “ Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente.” V. 10, Ana sempre ia ao templo; isso era um hábito. Dessa vez, porém, algo importante aconteceu ali. Nós também podemos ir à casa de Deus por costume e sair de lá exatamente como entramos. Mas se quisermos, faremos do culto um momento de riqueza espiritual e de crescimento interior para nossas vidas.
Ana passava por momentos difíceis, de aflição no aspecto familiar. Seu esposo que se chamava Elcana tinha duas mulheres Penina e Ana, mais o texto diz que ele amava Ana: “ Porém a Ana dava uma parte excelente; porque amava a Ana, embora o Senhor lhe tivesse cerrado a madre.” V 5.
Ana também se sentia humilhada por sua rival Penina, ela tinha filhos, porém Ana não tinha: “ E a sua rival excessivamente a provocava, para a irritar....” V 6. Um dos motivos pela tristeza de Ana e por ter colocado sua alma perante o Senhor.
Quando passamos por crises em nossas vidas, nós ficamos mais sensíveis a voz de Deus, e recebemos muitas experiências espirituais vinda do Senhor.
E eu faço uma pergunta para vocês queridos leitores, onde temos derramado nossas lágrimas?  Na cama? No ombro de um amigo? Ana colocou o seu caso a Deus, chorou aos pés da cruz, ela foi mais além, onde ela não podia resolver, Ana derramou sua alma perante o Senhor; chorou ABUNDANTEMENTE.
Nossas lágrimas movem o coração de Deus, ELE não resiste a um coração sincero e quebrantado. Ela recebe então uma das maiores felicidades que uma mulher pode ter, ela deu a luz um menino que se chamou Samuel: “ E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel;porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor. V 20.
Quando choramos na presença de Deus, nossas lágrimas lavam nossa alma: “Por este menino orava eu; e o Senhor atendeu à minha petição, que eu lhe tinha feito. V 27.
Como vimos no começo Jesus nos afirma que Bem Aventurados os que choram, porque serão consolados, assim também em apocalipse o Senhor nos promete limpar de nossos olhos toda a lágrima ( Ap 7:17).
Então confia no Senhor, coloque o seu caso diante dEle, e serás bem sucedido.
Ana termina com um Cântico no capítulo 2. Esta profecia tem em vista o Reino de Cristo, e aqui é a primeira vez que deparamos com o título “ Messias” ou “ Seu ungido”. Ana fala do Reino de graça, e o Reino da providência...
Seu filho Samuel nós bem conhecemos, serviu ao Senhor como: Juiz, Sacerdote e profeta.
Por isso não economize lágrimas, chore na presença do Senhor! Vale à pena!
Deus abençoe!

sábado, 27 de agosto de 2011

O Drama do Homem, o Drama de Deus




 Por: David Nepomuceno

         Quando usamos a Bíblia para recorrermos a exemplos de pais, o primeiro nome é o de Deus, nada mais natural, porém, em segundo plano, vem sempre o nome de Abraão, o chamado pai na fé. Entre tantas características de um bom pai, podemos destacar: proteção, exemplo, sustento e confiança. Características estas inerentes ao caráter de Deus ais quais Abraão também demonstrou ter. No entanto, há outro ponto em comum nestes dois pais, o drama que passaram no momento da entrega de seus filhos.
          No capítulo 22, do livro de Gênesis, lemos a aflição de Abraão ao entregar seu filho. Ele levantou-se de madrugada, despertou seu filho, rachou lenha para o holocausto, juntou alguns servos, caminhou durante três dias, dispensou os servos e seguiu junto ao filho; amarrou-o, colocou-o sobre a lenha, no entanto, no momento do sacrifício Deus o interrompeu.
         No evangelho de Mateus, Marcos e Lucas, lemos a aflição de Jesus no Getsêmani, Lucas afirma que seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra! Ao ficarmos cientes destes textos, ficamos impactados com o drama vivido pelo filho, entretanto, nos tornamos insensíveis ao drama, a dor do Deus Pai.
          Ao compararmos o momento vivido por Deus e Abraão na entrega de seus filhos, veremos que:
a - O filho de Deus foi deixado pelos seus discípulos! O filho de Abraão pelos seus servos.
b - O filho de Deus carregou sua cruz! O filho de Abraão carregou a lenha do holocausto.
c - O filho de Deus disse: Deus meu por que me abandonaste? O filho de Abraão disse: Onde está o cordeiro para o holocausto?
d - O filho de Deus foi pregado na cruz! O filho de Abraão amarrado sobre a lenha.
e - Para o filho de Deus o brado partiu da terra: “Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito!” Para o filho de Abraão o brado partiu do céu: “Não estenda a mão sobre o rapaz!”
f - Para o filho de Abraão houve um cordeiro para tomar o seu lugar! Para o filho de Deus não, Ele era o próprio cordeiro do holocausto!
g - O filho de Abraão não ressuscitou, mas, o filho de Deus ressuscitou ao terceiro dia e vive eternamente!
       Após o sacrifício do cordeiro e a libertação de seu filho, Abraão colocou o nome daquele lugar de, Monte do Senhor Proverá, Jeová Jireh! Naquele monte, Deus, anos depois proveu a libertação de todos os cativos do pecado, ao enviar seu filho, que é o caminho, a verdade e a vida, e o único elo entre Deus e os homens.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Manipuladores das Verdades Bíblicas


Por: David Nepomuceno

           O tempo passa e o homem evolui [?] e com ele suas ideias e praticas. A tal evolução o acompanha por onde ele for atuar, no trabalho, no lazer e também na igreja. No trabalho esta evolução fica explicita na aceleração tecnológica que diminui a ação do homem, dando destaque a automatização das máquinas. Na área do lazer os conhecimentos tecnológicos também são usados para o proveito do mesmo, onde não havia grama, hoje há grama sintética, o pique esconde foi trocado por jogos virtuais, etc. Nestas áreas há ganhos e perdas. No entanto, o maior perigo desta tal evolução, se dirige contra a igreja do Senhor! Deixando o farisaísmo, legalismo e o fundamentalismo de lado, não querendo ser mais santo que ninguém, porém, analisando friamente os caminhos que as igrejas têm seguidos, uma situação perigosa, mas que já era aguardada, salta aos olhos até dos mais despercebidos. Há vinte anos, pecados eram pecados e ponto final, a pessoa que cometia uma infração podia até não querer voltar atrás e se corrigir, todavia, sabia que estava em falta. A tal evolução mudou este panorama, pois, hoje a verdade é relativa, e esta relatividade da verdade, ensinada nas escolas, no seio da família, e até mesmo nas igrejas, criou uma filosofia antropocêntrica de que o pecado também é relativo! Sendo o homem o centro de tudo, por que ele deve se curvar perante os ensinamentos da escritura? Com certeza é mais fácil e cômodo para ele, maquiar a interpretação bíblica de acordo com seu estilo de vida! O resultado desta filosofia é que hoje temos igrejas próprias para homossexuais, com pastores afeminados e pastoras lésbicas; outras apenas para arrancar dinheiro do povo; outras para sustentar o ego de homens ávidos por títulos que se designam: Apóstolos, bispos, patriarcas, semi deuses... O Apóstolo Paulo assim nos adverte: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Não é o criador que se curva perante a vontade da criatura, portanto, sejamos honestos conosco mesmos. Se peco, não tenho que maquiar meus erros, preciso antes de tudo reconhecê-los e pedir a misericórdia de Deus para minha vida! Deus não se deixa escarnecer, o que o homem plantar é o que irá colher!