Boêmia, Palco do Amor e da Guerra

Boêmia, Palco do Amor e da Guerra
Em meio a guerra religiosa do século XVII, um jovem casal de apaixonados vivem o sonho de um amor impossível. Ela protestante, ele católico! Conseguirão viver este amor? Boêmia, palco do amor e da guerra é um romance extremamente dinâmico, que fará você sorrir e chorar! nele, os paralelos estão lançados: Espiritual e físico, lealdade e traição, verdade e mentira, vida e morte, e principalmente, o amor e a guerra!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nudez


Por David Nepomuceno

Falar em pessoas nuas, o que arremete a mente são: indivíduos despidos, sensualidade, erotismo, volúpia e talvez arte. Entretanto, a nudez pode e deve nos levar, a outros caminhos de reflexão, que nos farão alcançar um nível maior de maturidade sociocultural.

Adão estava nu, sua mulher estava nua, e não se envergonhavam. Certamente ambos estavam nus por inteiros, não apenas de suas roupas, seguramente não tinham segredos, ou tentavam passar uma imagem diferente do que realmente desejavam ou que de fato eram. Adão enxergava a alma de Eva e ela a dele, porque estavam nus também de mentiras, de competividade, de intolerância, e tantas outras “vestimentas” que levam cada dia, de uma forma crescente, casais a separação. E está separação, trás a sociedade de uma forma geral grande malefício, pois, homens, mulheres e crianças perdem seu porto seguro, que é a nossa casa, nossa família, enfim nosso lar. Antes nossas crianças tinham: Papai e mamãe. Hoje as realidades de muitos mudaram, e nossas crianças são criadas por: Papai e a namorada dele; mamãe e o namorado dela. E isso quando a criança tem sorte, porque não raras vezes, os casais recém separados, vestem-se do sentimento do egoísmo e indiferença e descobrem que precisam “viver a vida”, e suas crias são deixadas ao Deus dará.

O despir-se, não envolve apenas marido e mulher, porque onde pessoas interagirem, precisarão estar nuas na alma, deixar cair ao chão da separação toda vestimenta que nos torna pessoas tão perto e tão distante umas das outras.

Talvez o mais difícil fosse olhar ao espelho e nos despir de nós, e para nós mesmo, porque se tem alguém que encobertamos com todo tipo de roupa, e algumas delas, bem sujas, somos nós mesmos. Queremos despir os que nos cercam, até de forma arrogante, apontando o dedo autoritário e julgador. No entanto, quando esse mesmo dedo autoritário e julgador, tem pela frente a própria imagem, o que ele faz? Covardemente acanha-se, e tiramos talvez a gravata e/ou as meias, e procuramos rapidamente calçar sapatos confortáveis, e um belo cachecol, quente e acolhedor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário