Por: David Nepomuceno
Fui dormir pensando nas lutas pela liberdade, pelo direito, pela vida e em quantos ditadores surgiram e ainda surgem em meio ao ser humano[?]. Nesta viagem subjetiva, observei Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, assumir solitariamente e publicamente a culpa de querer ser filho de uma nação livre. Um pouco antes, também pude notar os franceses lutando, marcando na história sua revolução, e proclamando seus princípios universais: liberdade, igualdade e fraternidade. Outros grandes homens marcaram suas vidas com grandes feitos, como: Gandhi, Zumbi dos Palmares, João Cândido Felisberto [o almirante negro], os heróis anônimos que perderam suas vidas na revolução de 1964 e outros tantos. Infelizmente, na mesma proporção de heróis, surgem: Hitler, nossos generais presidentes, Augusto Pinochet, etc. o espaço aqui é pequeno para tantos anti-heróis.
No momento em que observava tudo isso bem de perto, quase me engajando nestas lutas, fui levado imediatamente para o quartel do corpo de bombeiros do estado do Rio de Janeiro, lá os militares, depois de tanto insistirem inutilmente para uma negociação pacífica, partiram para o desespero ao invadir o quartel, arrombando-lhes o portão, aos brados de vitória. A mídia ficou extremamente excitada, os olhos de todos ficaram perplexos com a ousadia daqueles homens, que buscavam o direito de manter suas famílias com dignidade. Embora não seja bombeiro, cantei emocionado com eles: “bombeiros unidos jamais serão vencidos...!” Quando surgiram no fim da rua, as luzes piscando e o som das sirenes, anunciando que o batalhão de choque da policia militar estava chegando, imediatamente homens, mulheres e crianças respiraram fundo, estavam decididas a não darem um único passo atrás! Os policiais desceram das viaturas, empunhando seus escudos aterrorizadores, seus sprays de pimenta, bombas de gás e suas doloridas balas de borrachas. Fizeram então uma linha de ataque, os bombeiros não se amedrontaram e fizeram a mesma linha, por alguns segundos, policiais e bombeiros ficaram frente a frente, olhos nos olhos! Foram os policiais que tomaram a iniciativa! Jogaram os sprays, os escudos, e as bombas ao chão, se alinharam ao lado dos irmãos bombeiros e juntos cantaram: “o povo quando unido Cabral é vencido!” E quanto mais enviassem policiais, maior se tornava o clamor por justiça! Chorei muito participando deste ato histórico, em que o povo finalmente deu uma resposta de conscientização a elite deste país. No entanto, chorei mais ainda, quando acordei e vi que era apenas um... sonho!
Aos bombeiros do Rio de Janeiro, nosso respeito e gratidão!
ResponderExcluirFinalmente livres!
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