Por: David Nepomuceno
De madrugada o sono uma peça me prega,
Ardiloso sorri me boicotando.
Todos dormem, o silêncio me acompanha,
No peito... Saudade balzaca,
E uma gélida certeza:
Nem nos Andes chileno
Viu-se, tamanho abismo,
Dois destinos separar!
O sono matreiro, agora,
Já me observa mais de perto
Tento com um salto agarrá-lo, em vão,
É arisco como cão brincalhão.
Deixo-o e volto-me a você,
Sinto sua falta, balzaca menina.
De sua imperfeição, tão marcante,
Tão sedutora, tão... Você.
Suas mãos pelos cabelos passear,
Quantos segredos a me revelar!
O moleque, agora mansamente,
Corteja-me, quase a se desculpar.
Posso ouvir sua voz, menina balzaca.
Seu cheiro sentir, sua boca quente... Gelada!
Embriagado agora, pelo serelepe moleque,
Minhas pálpebras, a desafiar-me insistem.
Pouco tempo resta-me, tempo de dizer-te,
Amo-te! Não devo querer-te,
Não a quero, mas respiro você!
Abstruso é bem o sei, como sei também,
Que você foi minha mais querida namorada!
Para todos os enamorados, feliz dia 12 de junho!
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